Conheça 8 molhos italianos e suas histórias!

Quando o assunto é culinária italiana, as massas são grandes protagonistas — pizza, pasta, lasanha, nhoque e muito mais estão, diariamente, nas mesas de jantar ao redor do mundo. Apesar disso, há um outro elemento que nem sempre recebe tanta atenção, mas tem igual importância para o preparo de uma comida saborosa: o molho! Afinal, o que seriam das massas sem ele?

Para que você saiba mais sobre molhos italianos e suas histórias, preparamos este conteúdo. Acompanhe!

1. Pomarola

Pomarola ganhou o mundo, disso você sabe, mas talvez seja novidade que esse é um molho tradicional da Toscana. Simples e versátil, na Itália é comum que seja preparado no verão, e depois conservado em potes até o inverno, quando a pomarola é utilizada com diversos tipos de massas.

Feito com tomate, manjericão, alho, azeite e sal, o molho consiste em picar os tomates pequenos pedaços e, em seguida, colocados em uma panela com folhas de alho e manjericão, para depois cozê-los e peneirá-los.

Depois disso, basta esperar até o excesso de água dos tomates evaporar para adicionar azeite e sal à mistura. Para finalizar, deixe o molho cozinhar um pouco mais para que sua textura seja mais encorpada e pronto!

Onde usar esse molho?

Em todos os tipos de massa!

2. Agrodolce

O nome desse molho já diz tudo: agro, em italiano, significa azedo. Dolce, por outro lado, é o contrário disso — doce, em português. Assim, esse molho italiano tradicional é caracterizado pela mistura de sabores, proveniente de uma combinação de: vinagre e açúcar com a adição de vinho (às vezes, também há a inclusão de cebola, suco de fruta ou chocolate).

A versão tradicional é um molho fino que se assemelha ao gastrique francês, embora a versão moderna possa ser grossa e semelhante a um condimento. 

Quanto à sua história, acredita-se que o agrodolce tenha origens sicilianas com fortes influências árabes. 

Onde usar esse molho?

O agrodolce pode ser usado em massas ou servir de cobertura para carnes grelhadas. Também é um ótimo acompanhamento, principalmente quando se trata de queijos.

3. Ragù alla Pugliese

Na Apúlia — assim como em outras partes da Itália — ​​molhos são feitos com uma variedade de carnes diferentes: porco e vitela, frango, coelho, cordeiro ou mesmo uma seleção de carnes de caça. Nesse contexto, o ragù alla Pugliese tradicional é feito com frango, carne bovina, pancetta e linguiça de porco. 

Apesar disso, é possível alcançar sabor parecido com o da receita original sem misturar carnes — você pode escolher entre porco, vitela ou cordeiro. Inclusive, a versão que leva apenas cordeiro é chamada “ragù del pastore” e conta com mais pimenta vermelha, então, fica a dica para os paladares apreciadores de comidas picantes!

Onde usar esse molho?

Ambas as versões são servidas sobre macarrão (mais tipicamente com o tipo orecchiette). Pode também ser apreciado com uma boa pitada de queijo pecorino!

4. Sugo di carne

Esse tradicional molho italiano conta com carne de boi moída, porco ou uma combinação de ambas. Para que ele seja preparado, salteia-se a carne com um refogado de cebola, cenoura e salsão, um toque de vinho tinto e tomate em lata. Para temperar, leva-se sal e pimenta, mas também pode haver pasta de tomate e cogumelos porcini.

Onde usar esse molho?

Aprecie o sugo di carne com massas tais quais o penne, o rigatoni, o tagliatelle, o fettuccine ou pappardelle. Na hora de comer, não se esqueça de polvilhar um queijo parmesão por cima se quiser acentuar o sabor do molho. Além das pastas, o tradicional molho de carne também é muito utilizado na preparação de lasanhas.

5. Garum

O Garum é um molho de peixe fermentado com toque de ancestralidade: data à época do Império Romano! Trata-se de uma combinação líquida de peixe fermentado e sal, e acredita-se ter sido usada pelos romanos para realçar o sabor da comida, combinando garum com vinagre, azeite, vinho ou pimenta. Além disso, há outra curiosidade: dependendo do prato, esse molho era usado no lugar do sal, uma vez que o sal tira a umidade, enquanto o garum os deixa mais úmidos.

Para prepará-lo, deve-se encher potes com tripas de peixe oriundas de anchovas, atum, cavala e outros. As tripas devem ser colocadas entre camadas de sal e ervas, e depois serem deixadas para fermentar no e sol por alguns meses. 

Onde usar esse molho?

Use o garum para realçar o sabor de variados pratos, como mexilhões cozidos no vapor ou vitela cozida.

6. Ragù alla Bolognese

Ragù alla Bolognese foi inventado no final do século 18 por Alberto Alvisi, um chef do Papa Pio VII. A base desse clássico é a carne de boi, porco (ou uma combinação de ambas), tomates maduros frescos ou purê de tomate, bolonha vermelha ou vinho branco seco, noz-moscada, sal e pimenta.

Onde usar esse molho?

Tradicionalmente, o ragù alla Bolognese é servido com massa tagliatelle e é uma parte essencial da lasanha à bolonhesa. Também pode combinar bem com pappardelle, fettuccine ou farfalle caseiro.

7. Pesto Genovese

Também conhecido como apenas “pesto” no resto do mundo, é um molho que se originou na cidade italiana de Gênova, por isso o “Genovese”. Tradicionalmente, é composto por manjericão, alho, pinhão, azeite e queijos como Parmigiano Reggiano ou Pecorino. 

Seu nome deriva da palavra “pestare”, que em bom português significa triturar ou esmagar, referindo-se ao método original de fazer o molho com pilão. A propósito, acredita-se que o pesto também foi criado pelos antigos romanos que comiam uma pasta chamada “moretum“, cujos ingredientes eram queijo, ervas e alho triturados.

Onde usar esse molho?

O pesto é geralmente usado com macarrão, tradicionalmente com trofie ou trenette, mas também pode ser servido com tomates fatiados ou batatas cozidas. 

8. Marinara

Trata-se de um molho vermelho composto de azeite, alho, tomate e ervas. Simples, não? É essa simplicidade que o torna uma base versátil para muitos pratos italianos, quiçá outros molhos (com a adição de cebolas e outros ingredientes, o marinara pode virar outros molhos, como arrabbiata ou puttanesca).

Esse molho se originou em Nápoles, no sul da Itália, e seu nome é derivado da palavra italiana para marinheiros (marinai). Alguns dizem que foi nomeado assim porque os ingredientes da marinara não estragavam facilmente, eram baratos e práticos na hora de preparar, portanto, uma mistura propícia para as grandes navegações. 

Onde usar esse molho?

No início dos 1900s, a marinara também se tornou um clássico nos EUA devido à imigração italiana para o local. Hoje em dia, é servido com penne, linguini e espaguete. 

Neste conteúdo, abordamos os principais molhos italianos e suas breves histórias, bem como suas aplicações nos pratos atualmente. Agora, você já tem uma ideia do que escolher na hora de preparar aquele jantar especial ou como testar receitas novas.Gostou deste texto? Confira nosso texto a respeito de sobremesas italianas e conheça o menu completo!