A palavra “comuna”, em português, diz respeito a uma comunidade local e também é a tradução do termo em italiano “comune”, que tanto é falado no processo de reconhecimento de cidadania. Mas, quando falamos em “comune”, o que de fato queremos dizer? É o mesmo que cidade? Quais são as principais comuni (em tempo: quando grafada com “i” no final, trata-se do plural) italianas? Continue com a gente e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto!
O que é uma comune italiana?
Trata-se da unidade básica de organização territorial da Itália, tal qual os municípios brasileiros. Uma comune conta com:
- um sindaco (equivalente ao prefeito no Brasil);
- um conselho comunal, “consiglio comunale”, em italiano (equivalente a Câmara de Vereadores). É constituída pelo sindaco e por conselheiros comunais eleitos;
- uma junta comunal (giunta comunale), ou seja, um grupo de assessores escolhidos pelo sindaco.
Qual a sua subdivisão administrativa?
A primeira divisão administrativa da Itália são as regiões, que são:
- Piemonte;
- Valle d'Aosta/Vallée d'Aoste;
- Lombardia;
- Trentino-Alto Adige/Süd Tirol;
- Veneto;
- Friuli-Venezia Giulia;
- Liguria;
- Emilia-Romagna;
- Toscana;
- Umbria;
- Marche;
- Lazio;
- Abruzzo;
- Molise;
- Campania;
- Puglia;
- Basilicata;
- Calabria;
- Sicilia;
- Sardegna.
A divisão secundária são as as províncias e, dentro destas, estão as comunas e as cidades metropolitanas. Mas não pense que, por causa dessa estrutura, províncias comuni e cidades metropolitanas compartilham as mesmas leis. Pelo contrário: para ser considerada uma comune, o local deve ser independente e ter o seu próprio estatuto. Isso se dá porque o governo provincial não intermedia as relações entre comunas com as regiões ou Estado italiano. Tudo isso está previsto na Constituição de 1948.
Por que as pessoas vão a comuni em busca da cidadania?
Ao requerer a cidadania direto na Itália as pessoas buscam por “comuni” pequenos, visando deixar o processo mais rápido. Inclusive, é possível encontrar na internet listas de “melhores” e “piores” comuni para dar entrada no processo, levando em consideração o tempo de espera em cada uma. Contudo, é muito importante lembrar que buscar o reconhecimento no próprio país só é legal caso o requerente tenha, de fato, uma residência fixa no local. Como já contamos no blog, o código civil italiano prevê que residência é “o local em que o indivíduo se encontra de forma estável e continuativa”. Portanto, ao buscar uma comune pequena e só ficar nela o tempo suficiente para finalizar o processo é inconstitucional, o que pode resultar no cancelamento da cidadania. Por isso, desconfie dessas listas e, caso não tenha a disponibilidade e/ou condição financeira para estabelecer uma residência na Itália, busque outros meios legais de ser reconhecido como cidadão italiano. Para evitar as filas consulares, a nossa dica é a cidadania via judicial, que leva, em média, dois anos para ser concluída, pode ser feita ainda no Brasil e não há riscos de cancelamento. Quer saber mais sobre esse assunto? Leia o blog post que preparamos. Lá, explicamos em detalhes tudo o que você precisa saber sobre a cidadania italiana via judicial!